O G1 Paraná informa que um delator na Operação Lava Jato relatou a entrega de R$ 2 milhões em espécie na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo (SP), destinados a João Vaccari Neto, então tesoureiro do partido.
Conforme a delação, o acerto de propina envolvia a construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador (BA).
Termos da delação do empresário Alexandre Andrade Suarez, irmão de um dos fundadores da construtora OAS, foram anexados ao processo da Justiça Federal na noite de segunda-feira (13). O acordo foi homologado pelo juiz Luiz Antônio Bonat, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
Ele foi alvo da 56ª fase da Lava Jato, deflagrada em novembro de 2018, e ficou preso em Curitiba por um mês. Suarez é réu por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta e desvio de recursos de instituição financeira na ação que investiga crimes na construção da Torre Pituba.
Segundo o depoimento, de setembro do ano passado, houve um acerto entre a Mendes Pinto Engenharia e ex-diretores da Petrobras e da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) de que a empresa seria beneficiada para gerenciar a construção a partir do pagamento de R$ 9,6 milhões de propina.
O delator relata ainda que por determinação de Vaccari ficou definido que a propina seria repartida em três partes iguais entre o PT nacional, o PT da Bahia e a Petros.