O Blog do Vicente informa que o Banco Central (BC) tem atuado para reduzir o custos das transações pagas com cartões no país, mas uma prática adotada no mercado tem sido alvo de avaliação da área técnica da autoridade monetária.
A taxa cobrada ao lojista é chamada de Merchant Discount Rate (MDR), com três tarifas: de intercâmbio, de bandeira e da credenciadora.
A primeira representa 70% do custo total. O índice de cobrança é definido pelas bandeiras e a receita vai para os bancos que emitem os cartões. O mesmo grupo econômico pode deter o banco emissor, a credenciadora e ainda a própria bandeira.
Em 2018, o BC instituiu limite para a tarifa de intercâmbio na função débito e ainda continua avaliando a necessidade de novas intervenções regulatórias.
A maior crítica são dos donos de bares e restaurantes, que entendem que são muito prejudicados, e estão dispostos a gritar contra os bancos.
Um dos questionamentos é o movimento de “platinização”, que é a maior oferta de cartões gold, platinum e black no Brasil. Na prática, estas classes têm tarifa de intercâmbio mais caras para os lojistas.
Dados do Banco Central mostram que, mesmo com a crise econômica, os cartões da série Platinum e variados saíram de 15% em 2009 para 37% em 2017. A alta representa um avanço de 108%.
A cada três cartões emitidos, um pertencem a alguma categoria Premium, sujeitos a uma Tarifa de Intercâmbio entre 1,5% e 2,0% sobre cada transação. A porcentagem de participação desses cartões no mercado são incompatíveis com o nível de renda do brasileiro, que está longe de ser 33%.
(Foto: Agência Brasil)