Após a perda de espaço nas últimas eleições, o PSDB passa o recado de que é necessária reflexão e uma nova estruturação da legenda. Novas caras vêm ganhando espaço nos diretórios e protagonismo nas discussões do partido, trazendo ideias que estão nas pautas formais e informais das convenções estaduais e nacional.
Em duas das mais importantes capitais do país – São Paulo e Curitiba –, onde o partido sempre fez boa votação e não conseguiu repetir o antigo sucesso em 2018, foram eleitos presidentes dos diretórios municipais duas lideranças jovens que fogem um pouco do “padrão tucano”.
Na capital paulista o eleito foi Fernando Alfredo, 37 anos, nascido na Vila Brasilândia, bairro humilde da zona norte da cidade. Em Curitiba, o escolhido foi Edson Lau Filho, 32 anos, nascido em São Bernardo do Campo e radicado na capital paranaense há 13 anos.
Além de jovens, ambos são negros, começaram sua militância partidária junto às bases, na juventude. Compartilham a visão de necessidade de modernização da legenda e de antagonismo aos radicalismos.
Lau, em recente entrevista à CBN Curitiba, afirmou “Temos que ser radicais. Radicais contra quaisquer tipos de radicalismos, de direita ou de esquerda”. Já Alfredo, ao comentar o perfil dos novos dirigentes tucanos disse à Folha de São Paulo que “Não é uma mudança radical de extrema direita ou extrema esquerda”.
Bons articuladores, que transitam entre os chamados “cabeças brancas” e “cabeças pretas”, os novos presidentes se encontraram recentemente e planejam um encontro com presidentes dos diretórios das capitais para unificação do discurso e preparar a legenda para as próximas eleições, em 2020.
Fernando Alfredo e Edson Lau (Divulgação)
E o Richa? Tá no partido ainda?