Ataques armados contra estudantes em escolas acenderam o sinal de alerta no Brasil e provocaram uma reação na Assembleia Legislativa do Paraná. O deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia, apesentou projeto de lei que torna obrigatória a instalação de detectores de metais nos estabelecimentos de ensino do Paraná. O projeto de Traiano estabelece que o acesso de qualquer pessoa a uma escola só será permitido depois da passagem por um detector capaz de identificar qualquer item de metal. Conteúdo de mochilas e bolsas também serão submetidos a uma verificação visual.
Segundo Traiano, ataques armados a alunos como os registrados recentemente no País poderiam ter sido evitados caso o controle de acesso à escola fosse mais rigoroso. “Diante dessa brutalidade que nós estamos assistindo e do que ocorreu na cidade de Suzano (SP) precisamos buscar uma alternativa segura de proteção de alunos e professores. Ao ter um detector de metal na entrada de uma escola, nós estaríamos inviabilizando a possibilidade de alguém entrar armado dentro de um estabelecimento de ensino.”
Ocorrências – O caso mais recente de violência no ambiente escolar e que reacendeu o debate sobre a segurança nas escolas foi o ataque registrado na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no estado de São Paulo. Há menos de duas semanas, dois ex-alunos conseguiram entrar no colégio com um revólver calibre 38, arco e flecha e uma machadinha. Pela ausência de qualquer sistema de detecção, nenhuma dessas armas foi percebida até o início do ataque. Cinco alunos e duas funcionárias da escola morreram. Outros 11 estudantes ficaram feridos.
No Paraná, dois adolescentes de 15 anos entraram no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no Oeste do estado, e atacaram colegas de classe. Os jovens estavam com um revólver, uma faca e explosivos feitos artesanalmente. Dois adolescentes ficaram feridos no ataque que aconteceu em setembro de 2018. Na semana passada, um estudante de 15 anos entrou com uma faca no Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima, em Curitiba. Em Ubiratã, região Oeste do estado, um aluno de 11 anos foi para a escola com uma faca na mochila.
Caso aprovada a proposta, as instituições terão prazo de um ano, contados a partir da publicação da lei, para providenciar toda a estrutura necessária para o cumprimento da norma.
Ademar Traiano (Foto: Nani Gois/Alep)
Desculpe a franqueza, mas esse projeto é absurdamente INCONSTITUCIONAL, pois o legislativo não pode impor despesas ao executiva. Perda de tempo discutir tal materia.