Ao prestar contas do estado em 2018 na Assembleia Legislativa, o Secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior, desmistificou os números anunciados pela ex-governadora Cida Borghetti (PP) na transição de gestão para Ratinho Junior (PSD), em novembro do ano passado. Os “cerca de R$ 5 bilhões” que ela havia dito que deixaria em caixa não levaram em conta R$ 2,4 bilhões de restos a pagar.
Portanto, a disponibilidade líquida de caixa é de R$ 2,5 bilhões, mas apenas de recursos já vinculados, ou seja, que obrigatoriamente precisam ser aplicados em áreas pré-definidas.
De recursos livres no caixa, restaram apenas R$ 192,6 milhões. A gestão anterior falava em “cerca de R$ 2 bilhões para o próximo governo dar a destinação que considerar mais oportuna”. Da tribuna de honra, o Secretário da Fazenda de Cida, José Luiz Bovo, acompanhava a tudo atentamente e trocava dados ao pé do ouvido com a deputada Maria Victoria (PP), que é filha da ex-governadora. A parlamentar chegou a questionar Renê Garcia Junior com base numa dezena de números positivos à gestão da mãe. Mas as informações foram prontamente rebatidas.
“As informações que constam no balanço do estado estão no quadro apresentado. Não existem recursos disponíveis nos montantes afirmados. A senhora me desculpe, mas não vou entrar no debate da narrativa. A contabilidade foi aferida e feita por um contador púbico, com fé pública, a partir da conciliação bancária e financeira. Eu não sou o responsável pelo lançamento dos números. Se a senhora quiser contratar uma auditoria externa para fazer uma avaliação do balanço, não há problema nenhum”, finalizou o atual Secretário da Fazenda.
José Luiz Bovo (Foto:divulgação)