A 56ª Legislatura do Senado Federal inicia com 16 bancadas representadas em Plenário. A distribuição dos senadores entre elas mostra uma homogeneidade partidária inédita. A informação é da Agência Senado.
As bancadas dos maiores partidos diminuiram e o número de parlamentares em legendas de médio porte aumentou. A maior bancada ao início de 2019, a do MDB, contará com 13 senadores. Esse será o menor número já registrado para a maior bancada.
Em seguida vem o PSD, com dez senadores. É a primeira vez que o segundo maior partido do Senado tem menos de 12 representantes.
O MDB e o PSD são as únicas bancadas que se descolam das demais, reunindo forças próprias que alcançam, sozinhas, pelo menos 10% da composição da Casa (nove senadores). Desde que o Senado passou a ter 81 parlamentares, em 1991, nunca houve menos do que três bancadas com esse tamanho.
No lugar da concentração de senadores no topo, o Senado verá uma aglutinação nas bancadas intermediárias. Todos os demais partidos contam com oito senadores ou menos. Ao todo, cerca de 72% da composição do Senado — 58 parlamentares — está filiada a um partido que possui representação pequena ou média na Casa.
Essa configuração inicial de bancadas ainda pode sofrer alterações profundas ao longo da 56ª legislatura, caso se confirme a tendência dos últimos anos. Entre 2015 e 2018 houve 44 mudanças partidárias por parte de senadores. Esse número é próximo ao que foi registrado nas três legislaturas anteriores somadas (50 entre 2003 e 2014). Nos dias que antecederam a posse já foram sete trocas de partidos entre os novos senadores.
As eleições de 2018 promoveram a maior renovação da história recente do Senado Federal. Dos 81 senadores que iniciarão o ano legislativo, 49 não estavam na Casa. Um número recorde de 32 senadores tentou a reeleição no ano passado, mas apenas 25% tiveram sucesso — a taxa de reeleição mais baixa já registrada.