sábado, abril 26, 2025
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
InícioPolítica NacionalEmendas Pix atrasadas serão liberadas

Emendas Pix atrasadas serão liberadas

spot_img

O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou, por unanimidade, uma sistemática desenvolvida pelos poderes Legislativo e Executivo para ampliar a transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares ao Orçamento da União, a chamada emenda Pix.

A decisão, referendada pelo plenário da Corte em sessão virtual iniciada na sexta-feira (28), foi conduzida pelo ministro Flávio Dino, relator dos processos que tratam das medidas de transparência exigidas pelo STF para o pagamento dessas emendas. A votação, embora já concluída, permanece aberta para eventuais ajustes até quarta-feira (5).

O plano, enviado ao ministro em 25 de fevereiro, estabelece que, a partir deste exercício financeiro, não será mais possível empenhar recursos sem a identificação clara do parlamentar responsável pela indicação e da entidade beneficiária.

Com a homologação foi autorizado o pagamento das emendas de 2023 e dos anos anteriores que estavam suspensas por decisões judiciais.

No entanto, a liberação exclui categorias específicas, como emendas destinadas a organizações não governamentais (ONGs) e entidades do terceiro setor que foram alvo de auditoria pela Controladoria-Geral da União (CGU), além de recursos para a saúde não regularizados em contas bancárias específicas e emendas de bancada ou comissão sem a devida identificação do parlamentar ou convalidação em atas.

O impasse sobre a liberação desses recursos remonta a dezembro de 2022, quando o STF considerou inconstitucionais as emendas conhecidas como RP8 e RP9.

Em resposta, o Congresso Nacional aprovou uma resolução alterando as regras de distribuição de recursos por emendas de relator, em conformidade com a decisão da Corte.

Contudo, o PSOL, partido que moveu a ação contra as emendas, alegou que a medida ainda não estava sendo cumprida integralmente.

Com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu a condução do processo.

Em agosto de 2023, Dino determinou a suspensão das emendas e estabeleceu que os repasses deveriam seguir critérios rigorosos de rastreabilidade.

Além disso, ordenou que a CGU realizasse auditorias sobre os repasses feitos por meio do chamado “orçamento secreto”.

Recentemente, o ministro suspendeu emendas destinadas a ONGs devido à falta de transparência, bloqueando, por exemplo, R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão em dezembro passado.

O valor total previsto para emendas parlamentares no Orçamento de 2025, ainda não aprovado, é de R$52 bilhões, um aumento significativo em relação aos R$ 49,2 bilhões de 2025.

Há uma década, em 2014, esse montante era de apenas R$ 6,1 bilhões, evidenciando o crescimento expressivo desses recursos ao longo dos anos.

Notícias Relacionadas

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img

Notícias Recentes

- Advertisment -