A Polícia Federal deflagrou a Operação Simetria para desmantelar uma suposta estrutura criminosa que funcionava em Piraquara, além das cidades de São Paulo, Santa Isabel e Ribeirão Preto, envolvendo a tercerizada INCS.
A Prefeitura de Piraquara exonerou o atual secretário da Saúde Raniere Geovane Marques Simões, como consequência da ação.
Ele já está afastado do cargo após ser alvo de uma investigação por corrupção e suspeito de ter recebido pagamentos indevidos para manter contratos da pasta.
O nome Operação Ártemis faz referência à deusa grega da caça, simbolizando a busca por provas que desmascarem o esquema criminoso.
A ação tem como objetivo localizar bens ocultos pelos investigados, identificar agentes políticos envolvidos no esquema e aprofundar as investigações sobre uma organização social contratada de forma direcionada para gerir recursos públicos da saúde.
Segundo a PF, o grupo utilizava empresas de fachada e laranjas para justificar contratos superfaturados, permitindo o rateio ilícito de lucros entre empresários, diretores da organização social e agentes políticos.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como bloqueios de valores, sequestro de bens e a proibição de contratação com o poder público para empresários e empresas envolvidas.
As investigações apontam que o esquema envolvia a celebração de contratos de fachada e a contratação de empresas pertencentes ao mesmo núcleo empresarial para prestação de serviços médicos, principal objeto da terceirização.
Além disso, identificou-se a existência de mais de um contrato para o mesmo serviço, com valores superfaturados, permitindo o desvio de recursos.
A Operação Ártemis investiga crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, peculato e fraude à licitação.
A Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) também participaram da operação.