sexta-feira, março 29, 2024
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Ana Moro tem de explicar ajuda do governo e cuidar do pedido de usucapião

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Aroldo Murá conta que a candidata a vice-prefeita pelo PDT, Ana Moro, não está mesmo vivendo dias pacíficos. Primeiro, foi acusada de receber dinheiro do auxilio emergencial do Governo Federal. Descoberta a “doação”, ela não negou o fato. Reconheceu que o dinheiro fora depositado em uma de suas contas. Informou, segundo meios de comunicação, que iria devolver a importância (R$ 600 ou 1.200 ou Mais? Ou mais? ). Devolveu-a?

A que título o dinheiro foi-lhe depositado?

Ana Moro só não explicou como a grana apareceu. “Será que caiu dos céus por descuido”, observa, em tom de revolta cáustica, uma funcionária da Prefeitura, a venerável dona Matilde da Luz, aquela que vigia o passo a passo de outros políticos. Seu alvo preferido, sabe-se, tem sido o prefeito Greca de Macedo e seus passos nem sempre bem explicados como administrador público.

INVESTIGADORES     

Agora, da Primeira Vara Cível de Curitiba, os “investigadores de tempos eleitorais” informam à Coluna: Ana e o marido, João Moro, artista plástico, estão pedindo, desde 2019, usucapião urbano de uma imóvel – terreno e casa – que garantem ocupar há 15 anos, localizado na Avenida Manoel Ribas, 616. Atribuem ao imóvel R$ 500 mil, embora, qualquer avaliador primário, conclua que vale muito mais.

Um detalhe não divulgado vem pela voz abalizada de alguém que muito freqüenta os fóruns de Curitiba, um experiente advogado, que diz à Coluna:

ADEUS, TEMPOS DE BONANÇA

Os tempos de bonança da Construtora Pussoli continuaram até o final dos 1990, quando o empreendedor Ricardo Pussoli, um raro construtor de obras públicas, conhecido pela qualidade dos serviços que entregava, sobretudo asfalto em Curitiba – além de imóveis, como a Rodoferroviária – esteve à frente do empreendimento.

Com a morte do líder Ricardo Pussoli (foi personagem de meu livro Vozes do Paraná, Retratos de Paranaenses, 10), os filhos começaram um contencioso familiar que não parece terminar a médio prazo. Os filhos são fruto de duas uniões do patriarca, o que aumenta as dificuldades de conciliar os interesses. Além de terem de enfrentar inúmeros processos, os herdeiros Pussoli nunca se cansam de digladiar-se entre si, de trocar de advogados, etc.

COMEÇAM OS PROBLEMAS  

Os problemas de administração, antes sempre bem resolvidos pelo velho capitão Ricardo Pussoli – cujo capital maior era sua credibilidade -, começaram a pipocar. Perdendo patrimônio em ações judiciais de toda ordem, boa parte delas trabalhistas, a empresa que até há 2 anos estava estimada em “mais ou menos R$ 450 milhões”, como garante um avaliador judicial, hoje praticamente “sobrevive basicamente nos tribunais, respondendo a credores.”

Das duas pedreiras que detém ainda, uma delas – em Curitiba – garante um mínimo de entradas financeiras, insuficientes para manter as famílias dos  sucessores do genial velho capitão Pussoli. Uma delas das pedreiras, em Piraquara, foi comprada em sociedade com a família Greca de Macedo, de que faz parte o prefeito de Curitiba.

Os tempos em que a Construtora Pussoli detinha enorme patrimônio imobiliário estão longes, mas não esquecer que a empresa ainda tem”gordura” de primeira qualidade, como uma fazenda de 2,5 milhões de metros quadrados em Piraquara. E, não esquecer: foi dona, nos tempos do líder Pussoli do enorme espaço que é hoje o CT do Athletico Paranaense. Teria vendido o imóvel – antiga Estância João 23 – “na bacia das almas”, para se safar de alguns incêndios.

A história vai um dia mostrar que Ricardo Pussoli foi extraordinário. Um visionário que , nos anos 1970, quando, para muitos, Santa Felicidade era só perspectiva – “só futuro”- o patriarca comprou perto de 147 mil metros quadrados à família Durigan, a chamada Planta Alphaville (nada a ver com a Alfaville de Pinhais). Pagou pela área alguma coisa como CR$ 1.900.000,00 (um milhão e novecentos mil cruzeiros). Com Cr$ 100 mil de entrada , o resto  em 18 promissórias de Cr$ 100 mil. De qualquer forma, com usucapião ou sem ele, com demandas judiciais ou eficiente ou não eficiente gestão da construtora, o que se fica a pensar é sobre a validade do ditado que adverte: “Pai rico, filho nobre, neto pobre”.

–  Ora, ora, há indicativos (em tese)  de que o casal Moro está aproveitando o mau momento, de muitas dificuldades, da Construtora Pussoli, para fazer a petição de usucapião urbano.  Para o mesmo observador, há alguns detalhes que terão de ser observados pelo juízo. “Um deles: por que nesses últimos anos Ana Moro e o marido, que no endereço têm um negócio muito rentável, não estão pagando os aluguéis?”.

Ana Moro (Foto: Facebook AM)
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