terça-feira, abril 23, 2024
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Ex-comandante da Guarda Municipal acusa Greca de assédio moral e abuso de autoridade

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Cláudio Frederico de Carvalho foi, segunda-feira, 24,  à OAB-PR, Procuradoria  Geral de Justiça, Procuradoria do Município, e ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para denunciar perseguições que sofre. Frederico foi objeto de processo funcional em que teve direito de defesa negado. Ele chefiou a Guarda Municipal de Curitiba (GMC) na administração do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT). Agora foi contemplado com corte de 70% de seu salário após anunciar a candidatura a vereador.

Nesses últimos três anos e meio, a situação do Inspetor Frederico, ex-comandante da Guarda Municipal de Curitiba, na gestão do prefeito Gustavo Fruet, tem sido atribulada. Por isso mesmo, sentindo-se encurralado, registrou suas queixas sobre o assunto junto à OAB-PR, à Procuradoria de Justiça e à Procuradoria do Município de Curitiba.

Nesse período, foram abertos três procedimentos internos, com o intuito exclusivo de prejudicar funcionalmente o servidor (dois destes já foram arquivados). Enquanto isso, em cargos de direção da GMC, e na Secretaria Municipal de Defesa Civil,  nomeados  por Rafael Greca, estão guardas que fazem parte do rol de duas dezenas que fraudaram horas extras anos 90/2000.

CARREIRA SEM MÁCULA

Frederico teve ao longo dos trinta anos de serviço, uma carreira sólida e segura. Ascendeu funcionalmente a diversos cargos “e conquistou notoriedade e prestígio, em razão da sua postura ética e equilibrada”, assegura um procurador da Procuradoria do Município de Curitiba que acompanha a carreira do inspetor, dono de um expressivo currículo acadêmico também.

PÓS-GRADUAÇÕES

Estudioso incansável e  assim reconhecido, formou-se em Direito pela Universidade Tuiuti do Paraná. pós-graduado em Ciência Política e Desenvolvimento Estratégico, e também pós-graduado em Direito Público, com MBA em Gestão Pública. Cursou as escolas da Magistratura Federal e Estadual do Paraná. Frederico é um “case” para análise sobre como um servidor municipal se preparou para a função pública.

EXPERT EM SEGURANÇA

No currículo de Frederico constam autoria de diversos artigos jurídicos, e de cinco livros na área de segurança pública. Sua mais recente obra é “A Evolução da Segurança Pública Municipal no Brasil”. Ao comandar a Guarda Municipal de Curitiba, dentre vários feitos destacáveis,  Frederico foi o responsável pela implantação do Plano de Cargos e Salários da Carreira da GMC. O plano  corrigiu assim as distorções e perdas  que os servidores  da Guarda sofreram em gestões passadas.

“MARIA DA PENHA”

Ainda, sob o comando dele foram criadas a Patrulha Municipal Maria da Penha, o Grupo de Operações com Cães (GOC) e a Patrulha De Proteção Animal.

Na área de formação e aperfeiçoamento, inaugurou a Academia da Guarda Municipal de Curitiba, e tornou obrigatório o Estágio de Qualificação Profissional, para os guardas municipais de Curitiba.

VINGANÇA DE GRECA

Frederico é dono de um currículo de carreira sólidos. Mas isso não conta para o atual alcaide de Curitiba. A administração  Greca de Macedo relegou Frederico ao quinto escalão funcional, sendo designado para trabalhar em funções aquém do seu potencial, e sempre muito distante de sua residência. Perfazendo um trecho diário na média de 70 km.

PERDE 70% DO SALÁRIO

Mas as perseguições não se encerraram neste patamar, o que, em si só já caracteriza uma construção de vingança política. Afinal,
Frederico nunca escondeu sua posições críticas a certos atos da prefeitura. Sempre as expressou “fora do expediente funcional”, esclarece e testemunham guardas municipais.

Nesta semana, a perseguição foi ampliada: o inspetor Frederico sofreu uma redução salarial de quase 70% dos seus vencimentos; isso estando licenciado para concorrer ao pleito eleitoral, na qualidade de pré-candidato a vereador, na cidade de Curitiba. Pode? Talvez um juiz possa melhor responder à indagação…

ASSÉDIO MORAL

Assim, diante de tantas injustiças, na segunda, dia 24 de agosto, protocolou junto a Procuradoria Geral do Município, denúncia devidamente comprovada de crime de Assédio Moral e Abuso de Autoridade. E para que este documento não se perca nas gavetas empoeiradas, protocolou cópia, pedindo providências, junto ao TRE-PR,  OAB-PR, e à  Procuradoria.

CHEIO DE VÍCIOS

Em síntese: Mesmo estando prescrita a suposta prática de ato infracional, a Procuradoria Geral do Município, através da Portaria n.º 060, de 04 de outubro de 2018, (DOC-04)[4], instaurou inquérito administrativo, contra o servidor Claudio Frederico de Carvalho, retirando do polo passivo outros dois servidores.

Em um processo administrativo, cheio de vícios e falhas, não se instaurou inicialmente o processo sumário, sendo ainda aberto o procedimento por agente incapaz (ouvidor da Guarda Municipal).

Houve na sindicância administrativa a constatação da participação de mais agentes públicos. Esses, no entanto, não foram indiciados, bem como, não foi fornecido ao servidor denunciado o benefício do Termo de Ajustamento de Disciplinar (TAD).

HOUVE PRESCRIÇÃO

Durante a fase de inquérito administrativo, a comissão processante teve pleno conhecimento sobre a prescrição do suposto ato infracional, bem como da participação de mais dois agentes públicos.

Fez ouvidos moucos a essas realidades, “por ordens superiores”, segundo explica à Coluna um antigo ouvidor da GMC. O equívoco processual (ou pura perseguição?)  não foi obstáculo.

A Prefeitura, a despeito do termo de indiciamento , feito de maneira “equivocada”,  o processo suprimiu textos importantes; e ignorando a existência de demais participantes do processo,  que deveriam ser arrolados, “tocou a bola pra frente”.

NÃO RECEBEU ALEGAÇÕES

Mesmo para quem não é versado em Direito, a maneira completamente “inovadora” decidida pela administração Greca, foi mais adiante: destituiu o representante legal do servidor indiciado, e fez a conclusão do processo administrativo, não recebendo as alegações finais. O absurdo se ampliou, com a prefeitura  não permitindo a produção de provas, embora solicitada pelo indiciado.

A movimentação do inspetor Frederico na segunda-feira, 24,  procurando a Procuradoria do Município, OAB-PR, o Tribunal Regional Eleitoral e Procuradoria  Geral de Justiça,  dá a medida do cerceamento de defesa.

E mais: resta claro que também ocorreu o crime de Abuso de Autoridade, previsto na Lei Federal n.º 13.869/19, em seus artigos 23, 27 e 30.

DENÚNCIA É EXPLOSIVA

Enfim, Frederico, candidato a vereador, está expondo um material explosivo no período pré-eleitoral, exibindo  mais uma das muitas contradições da administração Rafael Valdomiro Greca de Macedo, a quem um jurista local de perfil nacional assim classificou: “Isso é vingança de pipoqueiro…”

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36 COMENTÁRIOS

  1. A Tupã, tá ficando ridículo, leva o Frederico pra chorar na tua casa junto com o Fruet, o pior prefeito de todos os tempos, suplantando o Requião.

  2. O que fez o nobre Inspetor Ex-Comandante da GMC pós-graduado e altamente especializado para ser processado e punido?

    • Simples, corrigi uma irregularidade realizada pelos dois ex-diretores da guarda municipal. Posso te encaminhar todos os documentos pertinentes ao fato. Poste o seu e-mail ou fone para contato. Terei o maior prazer em responder aos seus questionamentos.

      • E aí tem coisa… não era pra corrigir. Como o caso do Jonathas da Fabiane Rosa, a guarda tem muitas irregularidades. Tá na mídia.

    • Não meu irmão. O fato é que chegou realmente ao limite. Seria bom conhecer um pouco como funciona o “sistema político” no Brasil para compreender melhor. Infelizmente muitos assumem o cargo de “chefe do executivo” e acabam administrando o que é do povo e para o povo, como se fosse o que é meu e para mim.

  3. Todo mundo nessa época que resolve ir contra a gestão atual, apoiando candidato ou sendo candidato… sai do cargo e perde as bonificações de cargo em comissão…

    • Não foi bem isso que aconteceu. Te convido a acessar o meu blog “inspetor frederico”, e vai entender realmente qual foi “a regra do jogo” adotada pela atual administração.

    • Não meu irmão. Não é desespero não. Isso se chama Estado Democrático de Direito. A Lei é para todos. Você conhece a história de Martinho Lutero?
      Realmente não fui secretário do Prefeito Gustavo Fruet, pois, ele me honrou com a nobre missão de comandar uma instituição que merece todo o carinho, respeito e admiração de todos.

  4. Inspetor!
    Poderia por favor explicar por que no final da gestão do Pedetista/Petista o senhor ficou escondido na URBS com cargo em comissão no valor de R$16.500,00. Qual a função estava realizando? Por que se afastou da Guarda Municipal? Foi perseguido também?

    • Sim meu nobre amigo.
      Muito simples, basta lembrar que durante a Copa do mundo, fiquei responsável pela integração com as demais forças de segurança pública, soberania nacional e agências de inteligência.
      Durante o meu comando a frente da guarda municipal de Curtiba, fui o responsável pela integração do sistema de monitoramento de câmeras em Curitiba. Assim reunimos todas as câmeras de monitoramento da URBs, as câmeras de tráfego viário da SeTran e as câmeras de segurança da SMDS. Ao sair do comando da guarda municipal, fui nomeado pela SGM para a Assessoria Técnica junto ao gabinete da Urbs, a fim de acompanhar este sistema, bem como, manter a integração no sistema de inteligência. Assim, fomos responsável em trabalhar as informações e monitorar as ações que em conjunto com a polícia civil e demais órgãos, pudemos encaminhar um grupo de invasores do sistema de transporte público, para reponder pelos seus atos junto ao poder judiciário, entre outras ações próprias da função, a qual terei o maior prazer em lhe reponder, desde que me encaminhe um e-mail e se identifique efetivamente.

  5. Quer sair se licença e ganhar salário integral ? Faça-me o favor senhor inspetor. Agora em época de eleição vem de bla bla . Não devia ganhar nada e outra não tinha que ter essa de concursado , saiu perde o trabalhão.
    Se é cheio de cursos superiores, pós e doutorados que vá trabalhar por conta e não fique encostado no serviço público.

    • Euclides Vieira. Convido o nobre amigo a estudar um pouco sobre ciência política e o direito ao sufrágio. A remuneração é um direito legal, entrem o seu aparo justamente em razão da isonomia e pluralidade eleitoral. Caso contrário, diversos candidatos preparados teriam que abrir mão dessa possibilidade de concorrer às eleições e fazer mais em prol da população. Meu querido e Douro questionador, cabe lembrar que tenho 30 anos de carreira e bons serviços prestados. Agora lhe pergunto: quanto tempo efetivamente o seu alcaide (que é aposentado no serviço público) realmente trabalhou?

  6. Cada empresa tem seu estatuto proprio, acredito, que quando se desencopatibiliza a fim de concorrer a cargo eletivo, não possa de forma alguma diminuir o salário, e ainda quando voltar tem seu local de trabalho e função mantido.
    Em algumas repartiçoes só é cortado os beneficios de vale alimentações e refeição.
    Deus abençoe e parto do principio que todo cidadão tem que lutar pelos seus direitos.

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